"Privateering" é o primeiro álbum duplo de Mark Knopfler em uma carreira musical de 35 anos. Parece que quanto mais o tempo passa, mais o músico escocês criado na Inglaterra quer escrever e experimentar, gravar e tocar ao vivo, traduzir de maneira certeira seu atual momento de criação e entrega a sua música.
O líder da extinta Dire Straits é um sobrevivente, sua banda acabou faz tempo e desde então, o músico gravou diversos álbuns solos e trilhas para filmes, se distanciando cada vez mais do som que o consagrou e o tornou conhecido em todo o mundo.
Mark Knopfler é simplesmente um dos melhores e mais distintos talentos fazendo o que faz de melhor. Suas influências ficam claras nesse disco, uma fusão de rock, country, blues e as sonoridades celtas que absorveu durante sua infância e adolescência, passadas em Newcastle, no nordeste da Inglaterra.
Gravado em Londres, "Privateering" é assim como o disco anterior (Get Lucky), uma prova consistente e indiscutível da maturidade artística de Knopfler.
A lenda viva contou com um vasto time de músicos, que além dos instrumentos mais usuais, integraram clarinetes, flautas, acordeons e cítaras, dando a cada faixa um clima exótico. Mark Knopfler ainda conta com participações especiais, como Kim Wilson, do "The Fabulous Thunderbirds", Tim O'Brien, a cantora Ruth Moody, do "The Wailin'Jennys", Paul Franklin e Phil Cunningham.
Todos os momentos de “Privateering” são detalhados, uma obra feita para ser apreciada lentamente. O resultado é um álbum repleto de tradição, artesanal e artística, ofício de quem tem a habilidade visionária de um compositor mestre.
Uma de suas músicas que não sai do meu Playlist desde a primeira vez que ouvi é a incrível "Coyote", faixa do disco "The Ragpieker’s Dream", seu terceiro trabalho, de 2002.
Foto e video: Mark Knopfler divulgação
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