quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

(((d-_-b))) Um Fim de Tarde na Voz de Maria Gadú


Era pra ser um dia normal de trabalho... até ouvir Maria Gadú!
No alto do Morro da Cruz, as cores de um pôr-do-sol impecável invadiam os vidros dos estúdios durante o Fim de Tarde Itapema FM, programa que coloco no ar todos os dias. Começam os acordes do violão da cantora e sua voz suave anuncia a canção. Por um momento a música tomou conta de cada espaço, cada cor nos vidros à minha frente. Fui me desligando, deixando fluir a emoção de voltar no tempo e aos poucos, se fez a sintonia de ouvido, mente e coração. O cheiro do café na mesa me levou pra casa em um tempo em que a música era presente em piano de mãe, violão de irmã e voz de pai. Um tempo feliz. Cada entonação de cada palavra cantada tinha seu peso e seu valor.


"Tudo que move é sagrado e remove as montanhas com todo o cuidado meu amor... abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou a estrela caiu do céu o pedido que se pensou o destino que se cumpriu de sentir seu calor e ser todo. Todo dia é de viver para ser o que for e ser tudo".
"Amor de Índio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos é uma das faixas do disco "Mais uma Página" novo trabalho de Maria Gadú. Um dos méritos de um grande artista é colocar sua assinatura quando interpreta, o que a cantora fez com muita sensibilidade.

O álbum é uma continuação de seu disco de estréia e revela o resultado de novas amizades e parcerias ao longo da trajetória da cantora. Entre as melhores faixas está o dueto com Lenine em "Quem", "Oração ao Tempo" a homenagem ao amigo Caetano Veloso e antenada no mundo da música, se uniu ao compositor norte-americano Jesse Harris, autor de "Don’t Know Why" (Norah Jones) e com ele, Maria Gadú compôs "Like a Rose" e ainda sacou "Long Long Time" do repertório do parceiro, ambas belas canções.




Foto e video: Maria Gadu divulgação

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